Nos “Sermões”,
ele fala da oração como uma relação de amor, que conduz o homem a conversar
docemente com o Senhor, criando uma alegria inefável, que envolve suavemente a
alma em oração.
Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de
silêncio, que não coincide com o afastamento do barulho externo, mas é
experiência interior, que procura evitar as distrações provocadas pelas
preocupações da alma. Segundo o ensinamento deste insigne Doutor franciscano, a
oração se compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim de Antônio,
definem-se como: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio. Poderíamos
traduzi-las assim: abrir com confiança o próprio coração a Deus, conversar
afetuosamente com Ele, apresentar-lhe as próprias necessidades, louvá-lo e
agradecer-lhe.
Neste
ensinamento de Santo Antônio sobre a oração, conhecemos um dos traços
específicos da teologia franciscana, da qual ele foi o iniciador, isto é, o
papel designado ao amor divino, que entra na esfera dos afetos, da vontade, do
coração, e que é também a fonte de onde brota um conhecimento espiritual que
ultrapassa todo conhecimento. Antônio escreve: “A caridade é a alma da fé, é o
que a torna viva; sem o amor, a fé morre” (Sermões Dominicais e Festivos II).
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