A oração pelos
mortos é necessária e está fundamentada na Sagrada Escritura.
Sabemos que a morte não é o fim, mas o
começo de uma nova vida. Um dia, todo nosso ser, até o nosso corpo, há de
ressuscitar. Quem crê e vive com Cristo, ressuscitará para a vida, a
felicidade, o amor eterno do céu, com Deus e com todos os santos. Mas também
Jesus advertiu: quem nesta vida não quer seguir a Deus, o amor, a justiça, a
verdade, quem explora os outros, quem se fecha no egoísmo e no pecado... ficará
eternamente sem Deus e sem amor, a isso eu chamo de inferno. Cristo e seu
Evangelho serão o nosso juiz.
É certo rezar
pelos mortos. O livro dos Macabeus ordena a oração pelos mortos, dizendo:
"É um santo e salutar pensamento este de orar pelos mortos" (Cf 2Mc
12,42-45). Judas Macabeu, acreditando no perdão de Deus e na ressurreição, quis
que se rezasse pela salvação daqueles que morreram. Há pessoas não Católicas
que infelizmente, por ignorância, não aceitam o Segundo Livro dos Macabeus como
parte integrante da Bíblia. Mas mesmo essas pessoas não podem negar que os
hebreus daquele tempo, séc. II antes de Cristo, tinham firme convicção de que
era boa coisa rezar pelos falecidos. A mesma convicção esteve entre os
primeiros cristãos e permanece, entre nós até hoje. Isso nos mostra que podemos
e devemos oferecer missas e orar por aqueles que já se foram. Vejam bem, nós
não entramos em contato com os mortos, pedimos a Jesus por eles.
As inscrições
nas catacumbas, cemitérios cristãos dos primeiros séculos, incluem votos para
que os defuntos encontrem repouso e "refrigério" (= consolação).
Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu
preces em seu favor, principalmente missas, recomendando, também, esmolas,
indulgências e obras de penitência em favor deles. Honramos a memória dos
defuntos e condenamos a necromancia (invocação, consulta aos mortos), que é
proibida claramente, pela Palavra de Deus (Cf Dt 18,9-14). É esse um dos modos
de viver o belo dogma da "Comunhão dos Santos", verdade de fé que a
gente lembra todas as vezes que reza a Profissão de Fé, o Credo.
O nome
"Comunhão" lembra "comum união, união de todos". Por essa
comum união, há um intercâmbio de preces, sufrágios e dons entre os que militam
na terra, Igreja Militante, os que aguardam juízo e estão sendo purificados,
Igreja Padecente, e os que já foram admitidos na glória celeste, Igreja
Triunfante. Neste admirável intercâmbio, cada um se beneficia da santidade dos
outros, bem para além do prejuízo que o pecado de um possa ter causado aos
outros. Assim, o recurso à Comunhão dos Santos permite ao pecador ser
purificado mais cedo e mais eficazmente das penas do pecado.
Reza-se nas
ocasiões de exéquias (honras fúnebres), de enterro, sétimo dia, agradecendo a
Deus pela vida da pessoa falecida cuja fé, oração, trabalho e dedicação,
educação religiosa deixaram em nós as marcas de um verdadeiro testemunho
Cristão. Reza-se, também, pedindo a Deus que a pessoa falecida, tendo perdoadas
as suas culpas entre, o mais brevemente possível, ainda que passando pela
purificação do purgatório, na posse do Reino dos Céus.
Fonte
de pesquisa: http://www.paroquianossasenhoradocarmo.com/jornal/201008padre_responde.htm
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