quinta-feira, 16 de abril de 2015

Em coletiva à imprensa, bispos abordam Eleições, Diretrizes e Reforma Política

  


O arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, acolheu os jornalistas que farão a cobertura da 53ª Assembleia Geral (AG) CNBB, nesta quarta-feira, 15, durante entrevista coletiva. Na ocasião, dom Dimas, que também é porta-voz da Assembleia, lembrou as palavras do papa Francisco ao dizer que o bom jornalismo se nutre de uma "sincera paixão pelo comum e pela verdade". 
 Participaram da coletiva o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler; o arcebispo de Vitória da Conquista (BA), dom Luís Gonzaga Pepeu; e o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Mol. 
Na oportunidade, dom Jaime falou sobre a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). “A cada quatro anos a Assembleia é convidada a rever as Diretrizes. Ano passado, foi manifestado, com relação às Diretrizes em vigor, o desejo de haver apenas uma atualização que considerasse o magistério mais recente da Igreja, do papa Francisco, e principalmente da Evangelii Gaudium”, recordou. As Diretrizes são tema central desta edição da AG. 
Eleições
Os detalhes do processo eleitoral, outro aspecto importante desta Assembleia, que é eletiva, foi abordado por dom Luís Gonzaga Pepeu. O arcebispo de Vitória da Conquista explicou explicou que em meio a assuntos importantes como o Ano da Paz, o Ano da Vida Consagrada e os 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, ocorrem também as eleições para a Presidência e as doze comissões da CNBB.
De acordo com dom Pepeu, as eleições devem ter início na próxima segunda-feira, 20, quando atingido o quórum de dois terços dos votos. “Todos os eleitos são para o serviço, assim como trabalha a Campanha da Fraternidade 2015, com o lema ‘Eu vim para servir’. Se eleito, o bispo é questionado se aceita esse serviço”, afirmou.
São eleitores e também candidatos à presidência e vice-presidência todos os bispos diocesanos, enquanto os bispos auxiliares e coadjutores podem disputar apenas a vaga de secretário geral. Caso os primeiros dois escrutínios não alcancem os dois terços necessários, o terceiro escrutínio pode decidir por maioria absoluta. Se a maioria absoluta também não for alcançada, o quarto e quinto escrutínios elegem os dois mais votados.
Reforma Política
O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão para o Acompanhamento da Reforma Política, dom Joaquim Mol, ressaltou o importante papel da imprensa na formação e esclarecimento da sociedade civil. Em seguida, falou sobre a necessidade imediata da reforma política. “Temos frequentemente assistido manifestações das quais não constam na pauta a reforma política. É uma pena, pois só por meio dela podemos melhorar o quadro político do país, eliminando a corrupção, a barganha, e outras práticas ruins da política, responsáveis por deixar grande parte da população na miséria”, afirmou.
“É claro que a reforma política não resolve tudo, diante do grave quadro em que se encontra a política do país. Mas ela é um passo necessário e indispensável”, disse dom Mol. Em seguida, o bispo ressaltou que a Conferência não é filiada a nenhum partido político, mas integrante da sociedade civil organizada, e que tem o compromisso de contribuir para que o Brasil seja um país melhor.
FONTE:http://www.cnbb.org.br/eventos-1/assembleia-geral-1/16275-temas-prioritarios-da-assembleia-geral-e-reforma-politica-sao-temas-da-primeira-coletiva-de-imprensa

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